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Blog de Tabatinga

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#Lendas - A Sanguessuga

06/04/2016, quarta-feira

Arte: Blog Bocas e Notícias

A natureza esconde seus mistérios e encantos. Existe um lago por nome Caiau, próximo à comunidade de Teresina III, comunidade pertencente à Tabatinga (AM), cuja abundante fartura de peixes de outrora, hoje já se tornou escassa pela depredação do homem.

Antigamente, os pescadores retiravam dali os mais variados tipos de peixe para o sustento de suas famílias e também para comercializá-los.

Mas quando a natureza se sente ameaçada, por força própria, ela se defende.

Contam os pescadores que, quando pescavam naquele local, enfrentavam a fúria, supostamente, da mãe do lago, como eles o chamavam. Muitos deles morreram, porém o mistério continuava por não se descobrir como certos colegas de pesca morriam.

Quando iam pescar, os homens, com medo de dormir na beira do lago, armavam suas redes em altas árvores. Mas a certa hora da noite, vinha um misterioso animal que os adormecia os atacava sem deixar sinal. Ao amanhecer, apareciam alguns mortos em suas redes, sem uma gota de sangue, o que constituía um grande mistério.

Numa dessas pescarias, foram prevenidos para enfrentar o predador que estava matando os colegas. O plano estava traçado para exterminá-lo.

Ao anoitecer, amarraram suas redes como de costume, e, no descuido, adormeceram. Contudo, um deles ficou vigiando. De repente avistou no meio do lago um vulto preto, emergindo das águas. Assustou-se e imediatamente avisou os demais colegas do ataque iminente.

O animal misterioso aproximou-se das árvores e começou a subir por uma delas. O que estava correndo risco armou o facão e quando a boca colou na rede como um imã, o pescador cortou-lhe a ponta. O resto do corpo desabou. Fazendo um tremendo estrondo. Devido à escuridão, ninguém chegou a ver realmente do que se tratava.

Ao amanhecer, os pescadores curiosos foram conferir e descobriram que era uma enorme sanguessuga que matava os colegas, sugando-lhes todo o sangue.

Texto retirado do livro "Tabatinga e suas Lendas", de Maria Auxiliadora Coelho Pinto e Cleuter Tenazor Tananta, 2011

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