5/3/2016, sábadoFotos: Carlos Gossel
Tabatinga (AM) – Já desde a entrada do Lixão Municipal começamos a sentir um péssimo e forte cheiro que dá vontade de vomitar, e uma dor de
cabeça ao mesmo tempo. Você caminha por uma rua fofa, com uma água escura e que não se sabe exatamente
o que é, somente sabe-se que fede muito.
Dentro do Lixão de Tabatinga existe
cerca de quatro pequenas barracas, podemos dizer que são acampamentos, de
pessoas que vão recolher alimentos ou simplesmente material dentro do lixão.
Existem homens, mulheres, adolescentes e crianças que são chupadas constantemente
por moscas, que juntamente com os urubus ficam em cima do lixo. Constatamos cerca
de quinze pessoas, entre brasileiros e peruanos.
As pessoas que ficam atrás de
alimentos disputam cada palmo do lixo com os urubus, aos quais não os deixam em
paz querendo também um pouco de carniça.
Pisamos em uma coisa fofa, e que surpresa
depois, era carniça de algum animal em decomposição com um cheiro insuportável.
Conversamos com uma senhora com
sotaque espanhol e confirmado que é peruana, perguntamos o que a faz ficar
nesse local [lixão], a mesma respondeu que estava lá porque precisava, era
necessitada. Sentimos uma tranquilidade na senhora entrevistada enquanto as moscas devoram a ela e seus filhos.
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